Capas enganosas

O post de hoje, como o título já diz, tem a ver com capas de livros muito enganosas na minha opinião, por diversos motivos. Pra mim é fato que 90% dos livros podem sim ser julgados pela capa, mas esses aqui são exceções!



O livro Sereia, da Tricia Rayburn é o primeiro livro que escolhi porque eu provavelmente não o leria com base apenas na capa, porque sinceramente acho ela muito bizarra rs. Esses olhos da menina na capa me assustam um pouco, e apesar de ser uma capa misteriosa não é o tipo de mistério que me dá vontade de descobrir mais rs. O livro é muito bom, e me surpreendi bastante com a história, porque apesar de o título ser meio burro (porque entrega parte do mistério do livro por si só) o mistério ainda existe e é conduzido de maneira muito interessante.





Esse é um dos melhores livros da Meg Cabot que já li, o que é difícil de dizer porque nunca li algo mais profundo dela, só livros bem infantis mesmo, e senti um certo crescimento em relação a esse aqui. Com relação à capa: desculpa, mas ela é horrorosa gente! Tem tanta coisa no enredo que poderia ser "artistizado" e transformado em capa, nem que fosse uma caixinha de suco Super Gulp (pelo menos eu acho que é esse o suco que ela cita rs), mas essa capa... é uma negação.



A minha edição de Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva, é essa da terceira imagem, ou seja, a melhorzinha, mas mesmo assim acho que é uma das capas de livro mais nonsense que já vi. Ela não é exatamente feia, mas é estranha e não tem muito a ver com a história. O livro foi o primeiro brasileiro que li e não me decepcionei, apesar de que acho que se tivesse lido num momento posterior da vida (eu tinha uns 13 anos quando li) teria aproveitado mais.


A capa de O Mistério do Chocolate, de Joanne Fluke, é a minha vencedora porque olha rs, contra essa não tem pra ninguém. Esse livro é incrível! De verdade, o mistério é muito bom, o livro em si simplesmente flui, a narração é muito boa e a personagem principal é muito legal, mas confesso que quando minha amiga se ofereceu pra me emprestar o livro eu imediatamente recusei porque essa capa é muito estranha gente, parece livro de receitas de avó (nada contra rs), que não é exatamente o tipo de coisa que eu gosto de ler. O título do livro também não ajuda muito, mas enfim: depois que consegui me desapegar do fato da capa ser horrorosa (acreditem, pessoalmente é ainda pior), eu fiquei muito apegada pela história. Um dos suspenses mais legais que já li.



E vocês, conhecem algum livro que realmente não dá pra julgar pela capa?

Garoto Encontra Garoto - David Levithan

Título original: Boy Meets Boy
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Número de páginas: 240
Classificação: 4/5 


Nesta mais que uma comédia romântica, Paul estuda em uma escola nada convencional. Líderes de torcida andam de moto, a rainha do baile é uma quarterback drag-queen, e a aliança entre gays e héteros ajudou os garotos héteros a aprenderem a dançar. Paul conhece Noah, o cara dos seus sonhos, mas estraga tudo de forma espetacular. E agora precisa vencer alguns desafios antes de reconquistá-lo: ajudar seu melhor amigo a lidar com os pais ultrarreligiosos que desaprovam sua orientação sexual, lidar com o fato de a sua melhor amiga estar namorando o maior babaca da escola... E, enfim, acreditar no amor o bastante para recuperar Noah!

Eu quero chorar, esse livro foi amor puro. Quem me conhece sabe que eu sou muito (MUITO) defensora dos direitos civis homossexuais e me deixou muito feliz que esse livro, assim como Will & Will (que o David escreveu com o meu amor, homem da minha vida, John Green), não foi um retrocesso para "a causa". Não é um livro escrito de forma que o fato do personagem principal ser gay faça muita diferença sabe, é uma história de amor adolescente (e muito mais que isso na verdade), mas ela não é mais ou menos interessante por conta da orientação sexual do protagonista. Ganhei o livro na Bienal, de aniversário (muito) atrasado, e não me arrependi nem um pouco de ter escolhido o livro.

O Paul é maravilhoso. Ele é muito sortudo, em vários e vários aspectos, e sabe disso, não é uma daquelas pessoas que tem tudo e não para de reclamar da vida mesmo assim. A cidade dele é o lugar perfeito na minha opinião, onde todo mundo é muito acolhedor em todos os sentidos, e a escola dele não fica atrás. É aquele lugar onde você não precisa ter medo de ser diferente.

"Na maior parte do tempo, eu me sinto uma mancha perpétua. Minhas linhas são todas curvas. Costumo ligar os pontos errados."

Quando o Paul conhece o Noah eu já comecei a ter feelings loucos porque já sabia que ia amar os dois, e não me enganei. O Noah é um personagem bem complexo e a cada linha eu me apaixonava mais por ele. Uma coisa que não gostei muito foi que a sinopse dá a impressão que esse break-up de Naul-Paulah (não dá pra fazer um nome de casal fofo pra eles hahaha) seria algo mais central na história e não foi bem assim, mas tudo bem, nada que estrague a história.

Outra coisa que gostei foi que todos os personagens que aparecem (ou pelo menos 92% deles) tem um papel "central" na história, esse não é um daqueles livros que metade dos personagens são encheção-de-linguiça. E os personagens são maravilhosos, aliás, cada um deles tem uma personalidade única e interessante, cada um à sua maneira.

"Rip nunca namora ninguém. - observa ela. 
Por quê? - pergunto. 
Ele não gosta das chances de perder uma aposta dessas."
Sobre a Infinite Darlene: melhor personagem. Está no nível "Tiny Cooper". Ela, que costumava ser Daryl, é agora, além de quarterback do time de futebol americano da escola, também a rainha do baile, e consegue fazer ambos de salto alto se quiser. No epílogo tem uma história individual e curtinha sobre ela que foi o que deu origem ao livro, e eu me apaixonei tanto ♡ Pra minha vida ficar perfeita falta o David escrever uma história completa só dela. Eu possivelmente amei mais essa história do que o livro, porque mostra a Infinite Darlene com uma profundidade impressionante.

Boy Meets Boy - David Levithan

Recomendo, recomendo, recomendo, recomendo, recomendo. A escrita é muito gostosa, daquelas que te fazem não querer mais soltar o livro depois de começar. E o David é o novo amor da minha vida.

PS:. Hoje, 07 de setembro, é aniversário dele! Parabéns David! E obrigada 

O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks - E. Lockhart

Título original: The Disreputable History of Frankie Landau-Banks
Autor: E. Lockhart
Editora: Seguinte
Número de páginas: 344
Classificação: 3/5

Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mais atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma. 

Li uma resenha desse livro no blog da Carol e me apaixonei, de verdade, tive um daqueles momentos em que nos apaixonamos por algo que nem conhecemos ou nunca vimos, sabe? Foi paixão à primeira vista com a resenha e com o livro, mas quando finalmente o time em mãos, mais de 6 meses depois (super promoção na Bienal, 15 reais, quase chorei quando vi), acabou que não foi (quase) nada do que eu esperava.

"É melhor ficar sozinha, ela pensa, do que ficar com alguém que não te enxerga como você é. É melhor liderar do que seguir. É melhor falar do que ficar em silêncio. É melhor abrir portas do que fechá-las na cara das pessoas."

Criei um pouco de expectativas que fosse uma versão de Looking for Alaska pelos livros (aparentemente) terem várias coisas em comum: internato, feminismo (a Alaska, no caso), elementos nerds, pegadinhas etc.,  mas acabou que esses elementos ficaram muito num segundo plano porque o livro é muito mais focado nos problemas existenciais da Frankie de eu-não-quero-ser-a-princesinha e ela reclama 90% do tempo do modo como ela é vista pelo mundo e principalmente pelo Matthew e os meninos, mas ao mesmo tempo ela não quer perder nenhum deles e se submete em vários aspectos à como eles querem que ela seja e não o que ela realmente quer fazer. Uma coisa: achei esse "feminismo" dela muito furado (no meu conceito) porque ela passa a encarar toda e qualquer coisa que ela veja como machismo, o que achei meio chato.

SIM, o livro tem vários exemplos muito fortes de como os meninos encaram as mulheres no livro como inferiores, fracas, e pior de tudo, sem uma opinião que importe, mas tem alguns casos que se a Frankie parasse um minuto de pensar só em si mesma ela veria que talvez tal e tal ação do Matthew, do Alfa (melhor amigo dele) e dos outros meninos não se deviam ao fato de que ela era mulher e sim que talvez eles queiram um momento só deles sabe, dos amigos que se conhecem a anos, e que o Matthew não é obrigado a levar ela pra cada canto que ele vai só porque eles estão juntos. Eles são muito "bros before hoes", e esse é um aspecto fundamental na história.

O livro é vendido como uma história incrível contemporânea com uma protagonista forte e inteligente que faz a diferença e olha... não. Não achei nada disso, a Frankie é uma pessoa extremamente fraca na minha concepção, além de que ela se acha muito mais do que ela realmente é rs. Ela é sim inteligente e estrategista em vários sentidos mas isso fica enterrado no meio da personalidade entediante dela, e no fato de que ela só vê a si mesma no mundo. O pior, sem dúvidas, é que a Frankie mostra um mundo interior riquíssimo sabe, ela seria muito interessante se botasse pra fora metade do que ela pensa, mas em vez disso ela se submete ao que ela acha que vai fazer o Matthew e o grupo dele enxergarem-na como uma igual, o que não vai acontecer porque (1) ela é desinteressante e (2) eles são machistas e escrotos MESMO, não há nada que ela possa fazer pra mudar isso.

"Frankie gostava da acolhida e da rejeição na mesma medida, porque ambas significavam que ela tinha causado impacto. Ela não era uma pessoa que precisava ser amada tanto quanto era uma pessoa que gostava de ser reconhecida."

Sobre a sociedade secreta deles que deveria ser O PLOT DO SÉCULO, acabou que foi algo extremamente sem graça e eles não fazem realmente nada importante, NADA, apenas quebravam algumas regrinhas de leve, coisa que qualquer pessoa faz no dia a dia e não precisa de uma sociedade pra isso. Não é uma daquelas super fraternidades que as pessoas fazem pactos de sangue sabe, nada disso, é bem coisa de filhinho de papai, como o próprio pai da Frankie diz, um grupo pra que você conheça as pessoas e tenha contatos úteis para o seu futuro.

Minha crítica final é ao modo pelo qual a Frankie acaba interferindo na Leal Ordem, porque achei que seria algo mais revolucionário, que ela passaria a ter um papel mais central no mundo dos meninos (como ela almejava desde a primeira vez que ela encontrou o Alfa oficialmente) e que conseguiria o respeito deles, QUE ELA FARIA ALGUMA DIFERENÇA, mas olha...

A escrita da autora é interessante, gostei do jeito que ela contou a história, mas como os personagens que ela criou são insuportavelmente egoístas e mimadinhos não dá pra gostar da história como um todo. Se ela realmente fez uma tentativa de fazer uma protagonista forte e feminista foi claramente uma tentativa falha e até meio irritante rs. Fora que a Frankie parece se achar tão superior a todo mundo, não só aos meninos, que não consegui gostar dela. O motivo das 3 estrelas em vez de 2 é que é uma escrita gostosa que não dá vontade de largar, e o livro me fez pensar em alguns pontos, não no sentido de pensar apenas para criticar, mas pra refletir sobre algum assunto, então achei uma leitura válida. Dá pra dar uma chance.

Deixe A Neve Cair - John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle

Título original: Let It Snow
Autores: John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle
Editora: Rocco Jovens Leitores
Número de páginas: 336
Classificação: 4/5

Na noite de natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio para insuspeitos encontros românticos. Em Deixe a neve cair, bem-sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. Comédia romântica com a assinatura de um dos maiores bestsellers da atualidade, o livro é o presente de Natal perfeito para os fãs de John Green e de histórias de amor e aventura.


Confesso que não li a sinopse com atenção antes de ler o livro, e também confesso que não o teria lido se o John não fosse um dos autores rs, porque se tem uma coisa que eu odeio (odiava) ler são contos, e vou explicar o porquê.

Me surpreendi bastante com o livro, de muitas maneiras diferentes, porque em parte esperava um livro ao estilo Will & Will (tem resenha no blog, só clicar) (saudades Tiny Cooper). Por serem três contos "separados", o livro é dividido em três partes, mas uma coisa que achei muito legal e que eu também não esperava é que as histórias são interligadas, não só pelo tempo no qual as histórias se passam mas também pelos personagens! Enfim, não vou acabar com o suspense todo na resenha rs.

O meu conto favorito foi de longe o primeiro, escrito pela Maureen, depois o segundo, do John (que também foi muito legal mas foi "conto" demais), e depois o último conto, escrito pela Lauren. O da Maureen foi encantador em todos os sentidos, amei a história, amei os acontecimentos, os personagens que são apaixonantes e a maneira que ela escreve em si, que é muito leve e engraçada. Ele fala sobre uma menina (não vou falar o nome dela porque isso é importante na história!) que tem pais que são obcecados por um tipo de brinquedo natalino que é vendido apenas uma vez por ano e eles acabam indo presos por conta de uma confusão (que acontece todo ano) porque os brinquedos são feitos em edições muito limitadas e muita gente quer comprar, então já viu rs. Então ela é obrigada a tomar um trem pra passar o natal com os avós e daí a história se desenrola lindamente.

E, se é errado querer que todas essas milhões de líderes de torcida esfreguem seus milhões de pompons no meu peito nu, bem, então não quero estar certo, Duke. Não quero estar certo.

O segundo conto, do John, é também muito legal mas eu senti muita falta de descrições mais detalhadas do personagem principal e da vida dos personagens em geral, sabem? É por isso que eu odiei 95% dos contos que já li até hoje, porque eu não quero saber apenas de um acontecimento na vida do personagem e sim de toda a história que tem por trás, e as descrições são bem importantes pra mim, e é por isso que eu prefiro ler a ver filmes rs. O conto não é ruim, de jeito nenhum, é bem engraçado também e os personagens principais são perfeitos (como todos do John, escritor do sexo masculino mais apaixonante da história do mundo, na minha humilde opinião). Inclusive, os dois quotes dessa resenha são do conto dele 

Espero que não fique magoada, mas, se eu tiver um sonho sexual com você, terei que localizar meu subconsciente, removê-lo do corpo e espancá-lo até a morte com um pedaço de pau.
O terceiro conto, da Lauren, é o que eu menos gostei pelo fato de eu não ter gostado muito da personagem principal e porque não consegui me identificar com ela ou me interessar pelo que acontecia com ela. Na verdade, eu não me interessei pelo que acontecia com ninguém além do namorado dela (que é um lindoooo e estava presente nos dois outros contos e não vou dizer o nome pra não dar spoilers). O conto não foi ruim em si, mas senti falta do humor que teve nos outros dois e achei o fato central muito fraco, que poderia ser mais facilmente resolvido se a personagem principal fosse menos tapada, utilizando a palavra favorita do J.P. (personagem do John) 

Li o livro impressionantemente rápido, levando em conta que li em e-book (como sempre), em algumas horas no total espalhadas por três dias porque sou muito inquieta e não aguento ficar horas sentada lendo sem levantar pra ir fazer outra coisa. Terminando, gostei bastante do livro levando em conta que ele é composto por contos e inclusive pretendo procurar mais livros da Maureen pra ler no futuro pois ela me pareceu uma escritora excelente! Recomendo muito!

Beijossssss, até a próxima resenha e feliz 2014 (muito muito atrasado)!

Will & Will - John Green e David Levithan

Título original: Will Grayson, Will Grayson
Autores: John Green e David Levithan
Editora: Galera Record
Número de páginas: 352
Classificação: 4/5

Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Gente, eu nunca vi um resumo que falasse tão pouco sobre o livro e tão mal, de verdade. Muito confuso, tanto que inicialmente, com esse "um nome, um destino" na capa eu achei que os dois Will's que iriam se apaixonar um pelo outro, e não é isso que acontece, e no resumo "estão prestes a embarcar em uma aventura de épicas proporções" parece que os dois vão interagir muito durante o livro e tal, e também não é nada disso rs.

A história é mostrada sobre a perspectiva dos dois Will's (vou chamá-los de Will 1 e Will 2 segundo a ordem em que eles aparecem na história), sendo o Will 1 escrito pelo John Green e o Will 2 pelo David Levithan, um capítulo de cada.

Will 1 tenta viver sua vida segundo duas regras, que são algo como: 1- não fale nada e 2- tente não ligar muito pra nada. Apesar de ser bem introvertido ele (em seus pensamentos) é muito engraçado e irônico, me diverti muito com ele e com certeza dei muita risada. Ele acredita que todas as coisas ruins que aconteceram em sua vida foram consequência de quebrar uma dessas duas regras. Ele tem um melhor amigo, Tiny Cooper (um dos meus personagens favoritos de todos os tempos), que é espetacularmente gay e não está nem aí pro que os outros pensam dele. Tiny é um gigante de 1,98m (observem a ironia do nome Tiny, que é um adjetivo pra "pequeno" em inglês rs) com um coração tão grande quanto ele. Ele tem uma personalidade incrível (apesar de ser totalmente egocêntrico) e as minhas falas preferidas são 95% dele.

Will 2 é depressivo, inclusive toma remédios tarja-preta, e o mais próximo de um amigo que ele tem é Maura, sua vizinha que ele parece odiar e suporta por obrigação, o que contribuiu pra que eu não gostasse dele de início porque ele sempre me pareceu muito cruel com ela e eu acho que se você não gosta de uma pessoa perto de você, é melhor dizer pra ela do que iludí-la. O único motivo pra Will 2 não ter desistido de viver é Isaac, que ele conheceu online há algum tempo e se apaixonou, e parece que o sentimento é recíproco.

Por uma coincidência do destino os dois Will's acabam se encontrando em uma sex shop e se conhecendo, e como Will 1 e Tiny são um pacote fechado Will 2 acaba conhecendo-o também, e aí a história começa de verdade!

"— Ela é maravilhosa.  
— Como você pode saber? 
— Eu sou gay, não cego."

Um pequeno spoiler, mas não posso deixar de comentar (se não quiser ler, vá para o próximo parágrafo): nunca torci tanto por um casal como torci por Tiny e Will 2, de verdade, e olha que eu já li A Culpa é das Estrelas com Gus e Hazel e acho que já li mais romances do que qualquer outro tema.

Gostei muito do livro, só não dei 5 estrelas porque antes de os dois Will's se encontrarem eu estava achando a história muito arrastada. Uma coisa que não necessariamente me incomodou mas achei desnecessário: nas partes do Will 2 tudo no livro é com letra minúscula, t-u-d-o, e me parece que foi pra diferenciar os dois mas gente??? Os dois personagens são bem, BEM diferentes, basta prestar um mínimo de atenção, mas parece que nem isso foi o suficiente porque vi vários dizendo que leram o livro todo e não perceberam que eram dois personagens ou não sabiam qual era qual. Não acredito que uma pessoa dessas realmente LEU o livro, só passou os olhos pelas páginas porque não faz sentido.

"se você continuar se concentrando no porquê de tudo ser tão difícil pra você, nunca vai perceber como poderia ter sido fácil."

O livro fala de amor de todos os tipos e formas e de como elas são igualmente importantes e melhoram nossa vida, de amizade, companheirismo, como o perdão é importante e muitos outros temas fofos Vale muito a pena ler, recomendo! Beijo e até a próxima resenha!

Quem é você, Alasca? - John Green


Título original: Looking For Alaska
Autor: John Green
Editora: WMF Martins Fontes
Número de páginas: 229
Classificação: 5/5

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.
 Mais um livro que garante que John Green é um escritor maravilhoso. O livro me prendeu do começo ao fim, li em 2 dias. Os personagens são incríveis, carismáticos e interessantes. Agora falta saber qual vai ser o livro do John que eu não vou achar excelente rs.

O Miles, personagem principal, é obcecado por "últimas palavras", o que pessoas célebres e importantes disseram antes de morrer, achei isso muito criativo, e ele não era exatamente o que eu chamaria de "popular" na escola antiga, e por isso ele decide ir pra uma escola interna, Culver Creek, em busca do "Grande Talvez" e uma vida um pouco mais emocionante.

Sem dúvida, ele consegue rs. Ele faz dois melhores amigos, Chip "Coronel" Martin e Alasca Young. Alasca é uma personagem incrível (inclusive decidi que quero ter uma filha chamada Alaska rs) e ao mesmo tempo uma pessoa extremamente problemática, mas super engraçada e divertida, não me lembro de muitas personagens mais cativantes que ela.

"Se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.

As coisas que esses três amigos aprontam dá até inveja rs e me deixou com uma vontade louca de estudar num lugar como a Culver Creek. Uma coisa que eu gostei muito é que os personagens são inteligentes. Eu amo personagens inteligentes. Alasca é apaixonada pela literatura, Miles sabe as últimas palavras de MUITAS pessoas e adora ler biografias e o Coronel sabe o nome de todos os países do mapa mundi, além de ser o mais nerd dos três mas também o mais engraçado. Coronel e Alasca tem um "talento pra problemas" que competiria com James Potter e Sirius Black, se é que vocês me entendem (essas minhas referências à HP...).

"Então sempre estou lendo algum livro. Mas há tanta coisa para fazer: tantos cigarros para fumar, tanto sexo para fazer, tantos balanços para balançar. Terei mais tempo para os livros quando ficar velha e chata."
Durante a leitura a minha revolta com o John foi enorme pelas coisas que acontecem no livro, enorme mesmo, eu não conseguia parar de pensar "NÃO NÃO NÃO, POR QUE????????", acho que quem já leu vai entender, mas o final é tão perfeito que perdoei rs. Eu selecionei vários quotes do livro e adicionei ao grupo dos favoritos, porque tem poucos livros que me identifiquei tanto assim. O Miles sou eu, só que homem rs.

Uma observação: se você quer ler o livro NÃO DEIXE NINGUÉM TE DAR SPOILERS porque me deram e não foi uma coisa boa, seria melhor se eu não soubesse de nada, mas fazer o que?

Concluindo, LEIAM, e tenho (quase) certeza que não vão se arrepender porque eu realmente amei o livro. Beijo e até a próxima (:

Um Amor Para Recordar - Nicholas Sparks

Título: Um Amor Para Recordar
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 184
Classificação: 5/5 <3

Um Amor para Recordar
“Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum menino havia a convidado para sair. Nem Landon havia sonhado com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.”



Não consigo decidir qual o meu livro preferido do Nicholas, esse ou "A Última Música". Realmente, livro bom pra mim é livro que me faz chorar, e eu juro que nunca chorei tanto na minha vida. Observem que o livro tem 184 páginas.

O livro é narrado pelo Landon e logo no prólogo ele já dá um aviso bem direto:

No início você vai sorrir, e depois vai chorar - não diga que não avisei.
E não é que ele estava falando sério? Eu me apaixonei pelo Landon simplesmente pelo fato de ele não ser o típico príncipe encantado, e por ele ter defeitos e saber disso. A Jamie, por outro lado, é uma pessoa tão boa, mas tão boa que não consegui achar defeitos nela (ela leva a religião e a Bíblia bem a sério, talvez a sério demais, mas não vou considerar isso como um defeito porque ela é a melhor personagem que eu já conheci). E ela fez do Landon uma pessoa bem melhor, apesar de ele nunca ter sido tão ruim assim.

Eu realmente fiquei triste com o fato de que a Jamie não tinha nenhum amigo na escola, porque eu sei que ia amar ser amiga dela! Uma pessoa que leva animais atropelados ao veterinário e doaria um órgão a um estranho se fosse necessário é, na minha opinião, a definição de uma pessoa que eu ia adorar conhecer, mas as pessoas (adolescentes, na verdade) não percebiam isso. Fiquei feliz depois que alguns deles se arrependeram...

O filme! Eu já assisti o filme muitas e muitas vezes e tem muitas diferenças entre os dois, lendo o livro me pareceu uma história completamente nova, e já vi muita gente discordando mas achei o livro bem melhor.

O livro é tão curtinho que li em um dia (uma madrugada na verdade, essa insônia está sendo bem útil) e é o tipo de livro que eu releria só pra poder chorar mais um pouco. Recomendo MUITO, até pra quem não é muito fã de romances, porque esse é o tipo de livro que muda vidas rs.

Até a próxima!